Fala galera!
Após um primeiro post sobre Brumadinho, vem aí mais um fruto do trabalho em conjunto com a Priscila. Como já disse, estamos num momento bem de descoberta e de testar formatos, então não deixem de dar feedback nos comentários.
Esse fim de semana, eu fui surpreendido com um artigo que achei interessante no jornal da cidade em que moro, e resolvi fazer uma tradução para compartilhar com vocês.
É um bom material para abordar em aulas de francês, e está bem atual. O pdf da reportagem no jornal, com o texto completo em francês pode ser baixado neste link aqui.
Para quem quiser mais informações sobre o evento, tem uma página dedicada a isso no site da Universidade de Angers, que pode ser um bom material complementar.
Vamos à tradução?
Vencendo a discriminação
Durante todo o mês de março, a Universidade de Angers vai propor pelo menos 4 eventos sobre a questão de gênero. De feminismo à homofobia, transfobia e bifobia, tudo será abordado para desfazer clichês e preconceitos sobre o gênero.
Pesquisadores, pesquisadoras e artistas falarão sobre a questão de gênero durante o evento mas também aqui no jornal.
Por Alice Labrousse
Entrevista com duas mulheres, implicadas no projeto do Mês do gênero:
Anne-Sophie Hocquet, vice presidente de Igualdade, Recursos Humanos e Políticas Sociais, e Pauline Boivineau, encarregada do projeto do mês do gênero e participante da Comissão de Igualdade.
Qual a origem e porquê um movimento como esse em março?
Escolhemos o mês de março desde a criação do Mês do Gênero, para conectar com o Dia internacional dos Direitos das Mulheres. Mas rapidamente percebemos que era necessário aumentar o escopo e abrir mais, para alcançar outras questões ligadas ao gênero e a discriminação.
A idéia não é fazer um mês ligado ao mundo feminino, é algo muito maior.
Porquê fazer um mês inteiro sobre estas quesões de gênero?
Anne-Sophie Hocquet:
A ideia é valorizar a questão, colocar lado a lado todas as facetas do debate sobre a teoria do gênero. Quem trabalho com o assunto sabe o quanto é complexo explicar às pessoas que o gênero é uma construção social. É uma verdadeira questão de pesquisa científica. Eu trabalho com num projeto europeu sobre o tema. Todas as estatísticas provam que quando o assunto é pouco discutido, a discriminação é inevitável.
Pauline Boivineau:
A idéia do mês do gênero também é tratar da questão de diferentes formas: conferências, apresentações, concertos, etc..
Qual os principais desafios desse mês do gênero?
Temos duas principais desafios: trazer ao público o assunto do gênero e propor espaços de debate, e divulgar pesquisas científicas sobre a temática.
O gênero é um tema de muitas facetas – social, política e etc…
Em 2019, o governo anunciou que a luta contra o machismo, homofobia, transfobia e bifobia seria uma prioridade. E também é papel da Universidade falar da discriminação e iniciar o debate. Existe a discriminação, mas a igualdade e diversidade também são importantes…
Nos encontramos ainda muitas barreiras difíceis de romper, como por exemplo na diretoria de empresas e etc.
A Universidade de Angers está trazendo ao longo do ano discussões sobre o assunto…
Além do mês do gênero, estamos organizando um congresso com o Instituto do Gênero nos dias 27-30 de agosto. É o 2o ano do congresso, que terá esse ano como tema: “Gênero e Emancipação”, com mais de 300 palestrantes. O ano todo o assunto é discutido em especial nas Terças da mudança social. São palestras sobre temas específicos, gratuitas e abertas a todos.
Glossário:
faire fi (de quelque chose) : desafiar (por exemplo o status quo), ignorar (uma regra) un a priori : um preconceito détacher : liberar, desamarrar épineux : díficil, delicado enjeux : desafio, problemática
Para aprofundar :
O governo francês tornou obrigatório para as empresas de mais de 250 funcionários a publicação de un índice de Igualdade Profissional entre Homens e Mulheres, para incitar as empresas a vencerem as diferenças atuais. Este artigo (nível B2) explica em 7 perguntas como funciona o sistema.
O sindicato CGT tem um hotsite sobre a luta pela Igualdade Profissional (nível B2-C1)
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